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As cotações de Feijão-preto estão em queda
Neste ano, a produção brasileira de feijão-preto deverá superar pela primeira vez o consumo interno. Enquanto a demanda pelo produto gira em torno de 520 mil toneladas, a colheita na safra 2021/22 está estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento em 619,3 mil toneladas, uma diferença de aproximadamente 100 mil toneladas.
De acordo com os dados da Conab, a maior parte do feijão-preto no país é cultivada nas duas primeiras safras da leguminosa, sendo que 70% da produção total se concentra no estado do Paraná. “Com os preços de mercado mais atrativos para os produtores no começo do ano, quando comparado com a variedade cores, houve uma inversão de comportamento entre os produtores paranaenses neste ano. No Paraná, o cultivo é majoritariamente de carioca na segunda safra. No entanto, na atual safra a escolha pelo feijão-preto foi preponderante nas duas primeiras safras do estado”, explica o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio DeZen.
Apesar do início da entrada da segunda safra do produto, os preços seguem em patamares elevados no período, para o feijão-carioca. Fator que é explicado pela indefinição da safra paranaense, devido às condições climáticas. Já para o feijão-preto, o aumento na produção também impacta na demanda.
Com maior oferta no mercado, as cotações do feijão-preto, após a alta observada em janeiro, estão em queda, fazendo com que este seja um dos fatores de escolha para o consumidor, o que limita a valorização do carioca, variedade mais consumida pelos brasileiros. “Vale também destacar que o feijão-preto possibilita um período de estocagem maior, quando comparado com o carioca, o que permite o produtor ter mais tempo para a comercialização do produto”, reforça o analista de mercado da Conab, João Ruas.
Fonte: Agrolink
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