Utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais sobre o uso de cookies, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando em nosso site, você concorda com a nossa política.
Como está o mercado da soja?
As cotações da soja, em Chicago, se mantiveram firmes e com viés de alta durante esta semana, recuperando-se das baixas da semana anterior. O bushel da oleaginosa chegou a bater em US$ 17,18 no dia 23/03, o segundo maior valor da história. No dia seguinte, 24/03, o mercado auferiu lucros e as cotações recuaram um pouco, com o bushel fechando o dia em US$ 17,00, para o primeiro mês cotado, contra US$ 16,68 uma semana antes. A firmeza do farelo e do óleo ajudam igualmente a puxar para cima os preços da oleaginosa, assim como o fato de o Brasil, em particular, e a América do Sul, em geral, possuírem menos soja a ofertar neste ano devido a forte seca que se abateu sobre grande parte da região, que é a maior produtora de soja do mundo.
E aqui no Brasil, com o câmbio caindo para as mínimas de alguns anos, onde o Real bateu em R$ 4,80 por dólar nesta semana, os preços da soja recuaram. Nas principais praças gaúchas o recuo chegou a ser de sete reais por saco, e até mais, com o produto vindo novamente entre R$ 195,00 e R$ 197,00/saco. Já a média gaúcha, no balcão, ficou ainda elevada, registrando R$ 203,76/saco. Nas demais praças nacionais a soja oscilou entre R$ 177,00 e R$ 191,00/saco. Outro fator que joga contra os preços pagos aos produtores é o aumento no custo do frete, o qual é descontado do preço final pago aos mesmos.
Vale destacar que igualmente o farelo e o óleo de soja, no mercado interno, estão com preços elevados, diante da forte demanda interna e externa. Neste último caso, a redução da presença argentina, o maior exportador mundial dos subprodutos, abre certo espaço ao produto brasileiro. Por outro lado, a colheita da soja no Rio Grande do Sul chegava a 10% da área neste início de semana, com uma produtividade média muito baixa, girando entre 10 e 20 sacos por hectare. (cf. Emater) No Paraná, a colheita atingia a 75% da área, com as perdas se consolidando em pouco mais de 40% do esperado neste momento.
No Brasil a colheita atingia a 72% da área total neste início de semana, contra 66,2% na média histórica. O total esperado para a produção brasileira é de 122 milhões de toneladas. Além do Rio Grande do Sul e do Paraná, já citados, a Bahia havia colhido 46% de sua área, o Piauí pouco mais de 40% e o Maranhão alcançava 50%. Nos principais Estados do Centro-Oeste a colheita estaria praticamente finalizada. (cf. AgRural) É importante destacar que há, em muitos casos, baixa qualidade do grão colhido.
Enfim, as exportações brasileiras de soja, em março, devem alcançar 12,9 milhões de toneladas segundo novas projeções da Anec. Em se confirmando este volume, o mesmo será cerca de dois milhões de toneladas menor do que o registrado em março de 2021. Já os embarques de farelo de soja deverão ficar em 1,8 milhão de toneladas, superando o 1,27 milhão exportado no mesmo mês do ano passado.
Via Agrolink
Aumente o alcance de suas negociações de forma:
Se você produz ou origina grãos faça parte desta comunidade: