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Feijão preto e a estratégia da Embrapa para melhorar a produtividade
O feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) é um dos principais alimentos como fonte de proteína vegetal para o consumo humano direto. É amplamente cultivado e consumido na maioria dos países da América Latina e da África, 3 em diferentes regiões e épocas de plantio.
No Brasil, principal país produtor e consumidor mundial, é cultivado tanto por agricultores de subsistência, cuja produção se destina, sobretudo, para o consumo próprio, quanto por empresários rurais, os quais utilizam alto nível tecnológico no processo produtivo e a produção abastece o grande mercado nacional.
A produtividade média brasileira, estimada em 1.550 kg ha-1, em 2017 (Embrapa Arroz e Feijão, 2018), ainda é baixa comparada ao potencial produtivo da cultura, que supera os 4.000 kg ha-1. A recomendação de cultivares de feijão-comum específicas para uma determinada região de cultivo ou época de semeadura tem sido dificultada pela baixa taxa de utilização de sementes, uma vez que o pequeno volume demandado não gera escala de produção que garanta retorno econômico satisfatório para as empresas de sementes.
No desenvolvimento de novas cultivares, a estratégia adotada pela Embrapa é a seleção de genótipos que possuam ampla adaptação, possibilitando a recomendação de cultivares que mantenham sua competitividade nas mais diferentes condições de cultivo e sistemas de produção do país. O ganho genético médio para a produtividade de grãos, considerando a classe comercial preto no programa de melhoramento de feijão conduzido pela Embrapa e seus parceiros, foi recentemente estimado em 1,1% ao ano (Faria et al., 2014).
Com isso, apesar do problema decorrente do baixo uso de sementes certificadas, nota-se que tanto o programa de melhoramento de feijão- -comum da Embrapa como outros no Brasil, continuam sendo produtivos, e a cada ano lançam no mercado novas cultivares, alternativas mais resistentes às limitantes bióticas e com produtividades mais elevadas e de diferentes classes comerciais.
Mesmo o setor privado, que em um passado recente não operava no mercado de sementes de feijão-comum no Brasil, também está ativo atualmente e compete com produtos que chamam a atenção dos produtores. Aproximadamente 20% dos grãos de feijão consumidos no Brasil são da classe comercial preto, os quais possuem maior demanda de consumo nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em anos em que a produção nacional não consegue abastecer o mercado interno, é comum o Brasil importar feijão preto da Argentina ou da China.
Fonte: Embrapa Arroz e Feijão
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