Utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais sobre o uso de cookies, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando em nosso site, você concorda com a nossa política.
Oferta e demanda, como anda o preço do feijão?
A temporada 2020/21 encerrou com um pequeno estoque de passagem, de acordo com o 8° Levantamento de Grãos do Conab. Para agravar a situação, no Paraná, estado responsável por boa parte do abastecimento interno, as lavouras foram prejudicadas pelas condições climáticas adversas, ocasionando uma expressiva queda na produtividade e na qualidade do grão, mantendo os preços firmes.
A partir de meados de janeiro, com a intensificação da colheita em Minas Gerais e Goiás, esperava-se que a oferta de mercadoria extra aumentaria, pressionando as cotações para baixo. No entanto, a oferta vem sendo formada basicamente de grão comercial, e a maior parte dos problemas de qualidade nos grãos colhidos durante o período chuvoso.
Essa situação provocou uma significativa alta nos preços a partir da primeira semana de fevereiro, com os produtores administrando ao máximo suas reservas, visando uma maior valorização do produto e, por outro lado, os compradores adquirindo apenas o suficiente para cumprir os pedidos. Em março e abril, o mercado continuou aquecido e passou por uma forte oscilação positiva de preços em virtude da menor oferta e necessidade de reposição de estoques por meio das redes varejista/atacadista.
A oferta mais restrita, principalmente de feijão-carioca nota 8 para cima, aliada à boa demanda dos compradores, mantém os preços em alta. É importante ressaltar que essa melhora se deve, basicamente, à boa procura pelos melhores tipos, que acabam puxando as cotações dos grãos mais escuros. A tendência é que os preços se mantenham relativamente estáveis e em bons patamares aos produtores até a primeira semana de maio, quando começa a diminuir a produção da primeira safra e entrar no mercado a produção da segunda safra.
Embora, as cotações possam sofrer pressão negativa durante o pico de colheita, essas deverão ainda se situar num patamar promissor aos produtores. No momento, os empacotadores estão se abastecendo no Sul do país, embora as ofertas ainda são limitadas. A expressiva presença de compradores nessa região, aumentando a concorrência, provocou elevação nas cotações.
No Paraná, da primeira semana de abril à primeira de maio, a saca do carioca passou de R$ 323,70 para R$ 336,27, o que representa um aumento de 3,9%. Já o feijão-preto, no mesmo período, passou de R$ 246,88 para R$ 203,28, queda de 17,7%. O mercado surpreendeu ao chegar nos patamares de preços praticados na primeira semana de maio, mas a dificuldade de compra devido à pouca oferta da segunda safra explica essa situação.
É importante frisar que produção brasileira está bem ajustada com a demanda, e como o volume estimado de feijão-carioca é equilibrado entre as três safras, conclui-se que a segunda sofre maior pressão de oferta de feijão novo, por ser cultivada em todas as Unidades da Federação e ter um período de meses menores (abril, maio e junho) para atender com a sua produção.
Fonte: Conab
Aumente o alcance de suas negociações de forma:
Se você produz ou origina grãos faça parte desta comunidade: