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Oferta e demanda Feijão-Comum cores
A temporada 2020/21 encerrou com um pequeno estoque de passagem. Para agravar a situação, no Paraná, estado responsável por boa parte do abastecimento interno, as lavouras foram prejudicadas pelas condições climáticas adversas, ocasionando uma expressiva queda na produtividade e na qualidade do grão, mantendo os preços firmes.
A partir de meados de janeiro, com a intensificação da colheita em Minas Gerais e Goiás, esperava-se que a oferta de mercadoria extra aumentaria, pressionando as cotações para baixo. No entanto, a oferta vem sendo formada basicamente de grão comercial, e a maior parte com problemas de qualidade nos grãos colhidos durante o período chuvoso. Essa situação provocou uma significativa alta nos preços, a partir da primeira semana de fevereiro, com os produtores administrando ao máximo suas reservas, visando uma maior valorização do produto e, por outro lado, os compradores adquirindo apenas o suficiente para cumprir os pedidos.
Em março e abril, o mercado continuou aquecido, e passou por uma forte oscilação positiva de preços em virtude da menor oferta e da necessidade de reposição de estoques por meio das redes varejista/atacadista. Em maio, até meados do mês, a menor oferta do produto, devido aos atrasos na colheita, por problemas climáticos no Sul do país, provocou expressiva elevação nos preços.
Posteriormente, mesmo diante dos problemas em questão, os preços seguiram em trajetória de queda, ocasionada pelo avanço da colheita no Paraná, disparado maior produtor, onde mais de 80% das lavouras se encontravam em boas condições e atravessando as fases de frutificação a colheita. No entanto, a partir do 27 de maio, (sexta-feira), as chuvas retornaram no Paraná, e se intensificaram nos dias seguintes, interrompendo a colheita. Essa situação provocou muita especulação, e os preços na primeira semana de junho valorizaram entre R$ 10 e R$ 20, por saca.
Fonte: Conab
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