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Para a safra 2021/22, a Conab prevê uma produção total de 115,6 milhões de toneladas de milho, um aumento esperado de 32,8%, comparada à safra anterior. Apesar desse aumento na produção total, é imperioso destacar que a companhia acredita que ocorreu uma forte queda de 20,1% da produtividade registrada na Região Sul durante a primeira safra, fato que causou uma redução de 15,3% da produção naquela região. Isso é explicado por um severo déficit hídrico causado pela ausência de chuvas no Sul do país ao fim de 2021 e início de 2022.
Por outro lado, cabe destacar que a Conab projeta um aumento de 9,7% na área plantada e de 32,7% da produtividade na segunda safra, dado que permitirá uma produção de 88,4 milhões de toneladas do cereal no segundo ciclo. Em relação aos dados da demanda doméstica, a companhia acredita que 77,2 milhões de toneladas de milho da safra 2021/22 deverão ser consumidas internamente ao longo de 2022, ou seja, um aumento de 6,8% comparativamente à safra anterior.
Por outro lado, a Conab projeta um menor volume de importação total para o período, ou seja, uma internalização de 1,7 milhão de toneladas do grão ao fim da safra 2021/22, contra 3,1 milhões da safra 2020/21. Essa redução esperada é justificada pela maior disponibilidade do cereal a ser produzido nacionalmente na safra em curso, o que deverá reduzir substancialmente as importações no segundo semestre em relação ao segundo semestre de 2021.
Para as exportações, com a aquecida demanda externa pelo milho brasileiro produzido na safra 2021/22, a Conab estima que 37,5 milhões de toneladas sairão do país via portos. Dessa feita, acredita-se que o aumento da produção brasileira, alinhada à maior demanda internacional, deverão promover uma elevação de 80,2% das exportações do grão em 2022. Diante do ameno ajuste do volume colhido da safra brasileira, o estoque de milho em fevereiro de 2023, ou seja, ao fim do ano-safra 2021/22, deverá ser de 10,5 milhões de toneladas, aumento de 34,4%, comparado à safra 2020/21, dado que indica a recomposição da disponibilidade interna do cereal ao fim do ano-safra em curso.
Fonte: Conab